O verdadeiro amor eu só
encontrei em ti, oh, moçoila dos meus sonhos dourados, pois desde que o meu
coração se conectou com o teu, ele se liquefez em puro sentimento romântico por
esta belíssima mulher que tu és. Também o genuíno desejo sensual se revelou a
mim quando o meu corpo desnudo tocou o teu febrilmente, pele na pele com o meu
devaneio se encaixando com o teu devaneio. Lembro claramente de nossas coxas se
entrelaçando umas nas outras no calor da mais sólida luxúria, transpiradas,
ambas, buscavam com tal carinho a excitação mais precisa dos sentidos.
Quando a minha boca tocou a
tua em um ósculo simplesmente vertiginoso, minh'alma foi incendiada pelas mais
libertinas fantasias que a partir dali eu quis realizá-las contigo. Com toda
certeza quando te beijei pela primeira vez o meu mundo ficou na palma da tua
mão. Tu, Ísa, te tornaste então meu norte e sul, meu leste e oeste.
Teu corpo de fêmea deificada
desde o nosso primeiro conluio libidinoso se tornou para mim o meu paraíso de
delícias cárneo-luminosas, tua carne, teu suor, as mechas dos teus cabelos
longos e claros assim como o teu cheiro, se consolidaram em alimento vital para
toda a minha estrutura corpórea. Em tua pele branca e em sua sedosidade eu passeei
com as minhas mãos arrancando de tua garganta gemidos e gritos gerados por
sensações prazerosas inomináveis. Sim, em tua cútis alva eu deixei as marcas
das minhas digitais de homem obcecado por esta mulher de espírito “ninfomaníaco”
que com o passar dos anos tu te tornaste.
Minhas mãos emoldurando teus
seios geometricamente perfeitos, ousadas, brincaram com eles fazendo com que
suspiros endiabrados saíssem de teus lábios devassos. Lábios estes que foram
forjados na “forja da perfeição” de Hefesto. Lábios estes que adorei que passeassem
pelos corredores intermináveis do meu corpo que nestes momentos ficara irremediavelmente entregue em tuas mãos.
A minha boca imitando a tua
em carinhos fulgurantes, adorou também viajar pela nau da tua nudez de
mulher-sereia! Isto fez com que a minha língua de tua barriguinha desnuda
descesse até a flor afroditiana da tua sacra-profana “vulva”, tal toque fez com
que tu chorasses de prazer, mas um prazer que não pode ser explicado por
palavra humana alguma. E esta sensação prazerosa sobre-humana aumentou cada vez
mais quando aprofundei a serpente indecente desta minha língua em teu sexo
encharcado. Sexo afogueado pelos movimentos de vai e vem deste pequeno membro
que saindo do interior de minha boca, fez do triangulo invertido de delícias
supremas que guardas no meio das tuas pernas, uma verdadeira Roma incendiada,
mas desta vez não pelo fogo da loucura de Nero, mas pelas chamas ardentes da
minha insanidade dionisíaca.
Não suportando mais ser
conduzido desta forma pelos rios caudalosos das tuas carícias de deusa da paixão
luxuriante, te penetrei com a fúria de um titã, te penetrei com meu arpão
fálico em teu oásis venusiano, onde o amor e o orgasmo se complementam em um matrimônio
sagrado e substancialmente profano.
- ELTON SIPIÃO O ANJO DAS LETRAS.